Rio de Janeiro: o mais novo “point” do momento.


Se por alguns razoáveis anos o Rio esteve meio esquecido pelos investidores e pelo poder público, desde 2010 o boom na cidade tem transformado a capital fluminense em outro lugar. Os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e os jogos Olímpicos de 2016 trouxeram dinheiro, obras, estrutura, segurança e a atenção do mundo. Com isso a vinda de turistas está cada vez maior.

Se em 2009 as areias cariocas receberam um milhão e meio de visitantes, este ano a expectativa da Embratur é que a cidade ultrapasse a marca dos dois milhões de turistas.

Tudo seria ótimo se a cidade já estivesse estruturada e pronta para receber todo esse monte de visitantes, o que, infelizmente, não é o caso. Ainda são poucos hotéis para atenderem toda a demanda. Mesmo assim não se preocupe, ainda dá  para aproveitar! Só que tem que se programar com mais antecedência. Por isso aqui vão algumas dicas para você que resolveu visitar o Rio!

Boa localização é fundamental em qualquer lugar, sobretudo no RJ. Tanto para a sua segurança quanto para aproveitar melhor o tempo na cidade. A zona sul é o filet mignon. Por isso foque nos três bairros: Copacabana, Ipanema ou Leblon. Todos são bairros de praia e com a vantagem de ter um amplo comércio de rua e fácil acesso.

Mas qual desses bairros é o melhor? Depende. Todos são bons, vai do seu perfil. Confira qual tem mais a sua cara:

COPACABANA: Curte o agito e a movimentação de turistas o tempo todo? Quer colocar o kit turista ( regata branca, shorts com vinco e chinelo novinho em folha) e ser feliz? Então Copa é o seu luga! Lá você vai encontrar hospedagem com o melhor valor. O bairro é quase uma cidade. Os moradores são, em grande maioria, idosos que optaram viver com qualidade de vida. Mas isso não tira de Copacabana o ar jovial. Aqui que se concentra a maior quantidade de turista é uma intensa movimentação dia e noite. Faça chuva ou faça sol.

A “Avenida Atlântica”, que fica de frente pro mar, tem diversos quiosques que são na verdade bons restaurantes. Come-se bem por lá. De noite também tem feirinhas e boas opções de passeio.
A praia de Copacabana é gostosa e bem movimentada, mas também meio “farofa”. Por isso vale a pena curtir o bairro, mas também passear por outras praias (Ipanema, Leblon, Barra) para tirar a impressão de Copa. O bairro é super tradicional e bares e boates (sim, aqui eles não falam “balada” e sim boate) não vão faltar.

Apenas tome um cuidado especial com seus pertences ao andar na rua. Nada de perigoso demais, mas nunca é bom andar com uma máquina fotográfica no peito ou ficar mexendo com o seu celular de última geração no meio da rua.

Um lugar gostoso pra comer? A Confeitaria Colombo, no forte de Copacabana. Servem café da manhã, almoço e jantar. Com um preço razoável, você de quebra ainda confere uma vista show de toda a praia. (confira a foto)

Dica:
Se for se hospedar por aqui tem um lugar chic, mas sem exageros, e de frente para o mar. É o Olinda Othon Classic. As diárias saem em torno de R$280. Minha mãe já ficou lá e gostou.

Se for almoçar por Copa, indico um restaurante super simples, mas de ótimo custo x benefício: “Pavão Azul”.  Eles servem um delicioso risoto de camarão por R$28 e que dá para duas pessoas (até 3 se comerem pouco). É muito gostoso e ao melhor estilo “boteco carioca”.
Rua Hilário Gouveia, 71 – Copacabana. Telefone: (21) 2236-2381


IPANEMA:
Pra você que curte um agito, mas prefere ficar longe da farofa.Não é tão caro quando o Leblon, mas é bem mais seguro e gostoso que Copacabana. Aqui você vai sentir que é um bairro mais residencial, mas a presença de turistas (principalmente os gringos) também é forte. O bairro é mais tranqüilo e menos muvucado. Eu, particularmente, também me sinto muito mais seguro por lá.

Durante a semana é comum encontrar com celebridades pela rua. Muitos atores de novelas moram por lá. Além disso, o bairro tem diversos teatros e cafés que atraem artistas. Se quiser aproveitar a viagem para curtir um programa assim, dê uma olhada na programação do Centro Cultural Laura Alvim ou no Teatro Leblon. Sempre há boas opções de filmes e peças de qualidade.

A Livraria da Travessa também é um lugar que tem que ser visitado. No estilo “livraria de novela do Manoel Carlos” o lugar é super aconchegante e vale uma passada.

Ipanema não tem Shopping, ainda bem, pois tem mil lojas de rua. Todas as marcas que você puder imaginar concentram-se na Rua Visconde de Pirajá (que corta todo o bairro) e a Garcia D´Ávila que é, em proporções menores, a “Oscar Freire carioca”.

Aos domingos uma boa é ir até a Feirinha de Ipanema, na praça General Osório (de onde sai o metrô). Durante todo o dia várias barracas vendem de tudo. Desde souvenirs até roupas e quadros.

Aos domingos, a partir das 17h, rola um show grátis de MPB no quiosque "Quase Nove". Fica perto do Posto 9, na altura da rua Vinícius de Moraes. É sensacional. Essa foto é do show desse último domingo.








Dicas:

Se for se hospedar com um grupo de amigos ou sozinho, por que não ficar num albergue? Além do preço ser melhor, é uma ótima alternativa de fazer amigos do mundo inteiro! O meu favorito é o “Terrasse Hostel”. O dono (Roberto) é bem engraçado e deixa o pessoal bem à vontade para colocar música e fazer a festa. Durante a noite é um argentino quem comanda o bar. Por apenas R$8 (tá barato pro Rio) ele faz uma ótima caipirinha. E é, infelizmente tenho que admitir, a caipirinha do argentino é boa!
As diárias saem em torno de R$45. Vale dar uma olhada no site deles.

Se a viagem é em família, nada como a privacidade de um hotel! Indico o “Mar Ipanema”, que é muito bom e bem localizado. Mas a melhor tarifa mesmo é a do “Hotel Velmont” (em torno de R$255 a diária do casal). A estrutura é básica, mas o que vale é a localização.

Opções de comida em Ipanema não faltam! Se estiver pela praia coma os quitutes dos ambulantes! O “Biscoito Globo” é um biscoito de polvilho assado super tradicional do Rio! Para acompanhar nada melhor que o mate gelado com limão. Também vendido na areia!

Para almoçar muitos restaurantes possuem, entre 11h30 e 14h00, os “pratos executivos”. Uma série de menus por R$15 +-. Conheço o dos: “Galitos” (mais barato de todos, o frango de lá é uma delícia), “Rota 55” (muito bom!), “Tô Nem Aí” (mais caro, mas inclui sobremesa) e “Barzim” (restaurante novo e bem agradável).

O meu restaurante predileto é o “La Mole”. Comida ótima, a la carte, bem refrescado, limpo e ótimo preço. Ideal pra jantar. Os pratos individuais variam na média de R$23 e os para duas melhoras em R$45. Sugiro o arroz a piamontese ou então qualquer uma das massas. Sensacional! De sobrenome: profiteroles! Custa barato (R$10) e a calda de chocolate é viciante.


PROGRAMÃO: Ver o pôr do sol na pedra do Arpoador. O visual é incrível. Vários turistas e moradores vão até o local todas as tardes ver esse show. No fim puxam as palmas em homenagem ao sol. Parece meio breguinha falando assim, mas lá é contagiante. Com certeza você vai acompanhar a turma.



LEBLON:

Um dos bairros mais caros para se hospedar, mas também o mais tranqüilo. Turistas são poucos por lá. O bairro lembra muito o Higienópolis, de São Paulo. É super agradável para passear e curtir a praia, que também é bem menos movimentada.

Hospedar-se no Leblon vai de oito a oitenta. Lá tem o hostel mais bonito e chic que já conheci. Chama-se “Z.Bra”. Mas é concorrido e tem que reservar com antecedência.

Os hotéis são bem caros, mas se estiver disposto a investir na hospedagem a dica é o Marina Palace. A diária do casal sai por R$540.

Quase todos os restaurantes do Leblon são filiais de outras unidades, então não vai ser difícil encontrar um bom lugar para comer. Se gostar de feijoada, aos sábados o hotel “Sheraton” faz uma muito boa. R$50 por pessoa, mas é completíssima e ainda inclui um vasto Buffet de salada e sobremesas brasileiras. Também tem um grupo tocando samba. Muito bom.

Um barzinho que descobri recentemente é o "Tropeço". Fica na Rua Ataulfo de Paiva. O forte do lugar é a porção de pastéis. São ótimos e super recheados. Vem 6 unidades e a porção mais cara custa R$19,90. Tem de camarão, carne seca com cheddar, queijo brie e gorgonzola entre outros.

AO CHEGAR:

Atenção pra quem desembarcar em qualquer terminal (rodoviário, Galeão ou Santos Dumont). Não pegue os táxis das cooperativas que ficam dentro da sala de desembarque. São tarifas fechadas e os preços saem mais do que o dobro!! Um absurdo.

Em todos esses terminais também há a opção de pegar um ônibus executivo, o chamado “Frescão”, que percorre todo o centro e zona sul do Rio.

Saiba como proceder...

- No Santos Dumont:
Táxi: Média de R$20 até Copabana e R$28 até Ipanema / Leblon.
Saindo do desembarque vire a direita e vá até o final do saguão. Lá (só de lá) sai uma fila dos táxis cadastrados pelo aeroporto e que cobram de acordo com o taxímetro.
Ônibus: O Frescão sai da frente do aeroporto. Custa R$8 e leva, em média, 40 minutos até a Zona Sul. Ele passa a cada 15 minutos.

- No Galeão:
**SCHUTTLE: A melhor opção que eu encontrei é a “Rio Schuttle”. Custa R$15 a viagem do Galeão até os hotéis da Z. Sul (independente do bairro) e leva uma meia hora.

Táxi: Média de R$55 até Copacabana e R$ 65 até Ipanema. Ao sair do desembarque você vai ver uma fila dos táxis cadastrados e que fazem a viagem pelo taxímetro. Brigue por isso e não pegue os que quiserem fazer preço fechado.

- Na rodoviária:
O Frescão custa R$8 e dá pra pegar no desembarque. É só perguntar. Já o táxi até a Zona Sul custa R$30 +-.

Aí é só aproveitar.

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